CONCERTO piano, voz e cordas
Anfiteatro do Laboratório Químico, Museu Nacional de História Natural e da Ciência
23 Setembro, 21h
entrada livre
compositoras
Alma Mahler Ângela da Ponte Elisabeth Kuyper Florence Price Germaine Tailleferre Grażyna Bacewicz Joana Benedita de Faria Pinho Kaija Saariaho Mel Bonis Rebecca Clarke
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Interpretação: Camila Mandillo (soprano), Raúl da Costa (piano), Camerata Atlântica (Quarteto de cordas)
Programa
Joana Benedita de Faria Pinho (1850-1939) Duas pequenas peças para piano Volúvel Acariciadora
Mel Bonis (1858-1937) De Cinq Pièces pour Piano Mélisande op. 109 De Trois Pièces pour Piano Salomé op. 100
Germaine Tailleferre (1892-1983) Da Partita para Piano II. Notturno
Elisabeth Kuyper (1877-1953) De Sechs Lieder, op. 17 I. Der Pfeil und das Lied
Kaija Saariaho (1952-2023) De Quatre Instants I. Attente III. Parfum de l’instant
Alma Mahler-Werfel (1879-1964) Fünf Lieder Die stille Stadt In meines Vaters garten Laue Sommernacht Bei dir ist es traut Ich wandle unter Blumen
- Intervalo -
Florence Price (1887-1953) Quarteto para cordas n. º 1 em Sol maior I. Allegro II. Andante moderato – Allegretto
Rebecca Clarke (1886-1979) De Two Movements for String Quartet I. Comodo e amabile
Grażyna Bacewicz (1909-1969) Quarteto de Cordas n.º 3 III. Vivo
Ângela da Ponte (n. 1984) Paradox
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Camila Mandillo
A soprano Camila Mandillo é actualmente artista em residência na Queen Elisabeth Music Chapel (Bélgica), sob a orientação de Sophie Koch e Stéphane Degout. Formada com distinção pela Hochschule für Musik Hanns Eisler Berlin, completou a licenciatura e o mestrado sob a orientação de Martin Bruns e Uta Priew, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Recebeu também bolsas de mérito como Deutshland Stipendium; Yehudi Menuhin Live Music Now Berlin e.V, e DMR Stipendienprogramms im Rahmen von Neustart Kultur. Participou em masterclasses com artistas como Sabine Devieilhe e José van Dam, entre outros nomes de referência. Apresenta-se regularmente em recitais, produções de ópera e música contemporânea - área onde tem vindo a receber crescente reconhecimento - destacando-se a sua participação como solista nos workshops ENOA “Composing for Voices and Orchestra” com os compositores Kaija Saariaho (2023) e Luca Francesconi (2024) com a Orquestra Gulbenkian; a estreia na produção Neuen Szenen IV na Deutsche Oper Berlin; a abertura das edições de 2022 e 2024 do Festival Música Viva com o Sond’Ar-te Electric Ensemble e com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, respetivamente; e atuações no Art’s Birthday — Euroradio Ars Acustica e no Antwerp Spring Festival com a Orchestre National de Lille. Colaborou com ensembles como Il Gardellino Orchestra, Orchestre de l’Opéra Royal de Wallonie-Liège, IEMA Ensemble, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa e Orquestra Barroca da Casa da música, e desde 2020 participa ativamente em projetos com o Sond’Ar-te Electric Ensemble. Figura como uma das intérpretes principais nos World New Music Days 2025 em Lisboa, com destaque para o concerto de abertura no Centro Cultural de Belém. Após nomeação conjunta da Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música e BOZAR, foi selecionada pela rede ECHO como uma das seis Rising Stars para a temporada 2026–2027, com uma digressão internacional por prestigiadas salas europeias.Inês Thomas Almeida
Inês Thomas Almeida é musicóloga, doutorada em musicologia histórica e investigadora no Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Entre janeiro e maio de 2025, foi Professora Visitante FLAD/Saab na University of Massachusetts Lowell, nos Estados Unidos. A sua investigação centra-se na música do século XVIII, relatos de viagem, mulheres na música, romanceiro antigo e redes culturais transnacionais. Actualmente, trabalha no seu projecto de investigação FEMUS 18 – Female Music Practice in 18th-Century Portugal, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia para 2024–2030. É criadora e docente do curso Mulheres Compositoras: História da Composição no Feminino desde a Idade Média até ao Século XXI , que lecciona desde 2021 em vários formatos na NOVA FCSH, e professora convidada no Doutoramento em Estudos de Género da NOVA FCSH /ISCSP-UL/NOVA School of Law. É Co-Coordenadora da Linha Temática de Investigação de Estudos de Mulheres, Género e Sexualidade (INET-md) e Coordenadora de Comunicação Científica da Ação COST Print Culture and Public Spheres in Central Europe (1500–1800), financiada por fundos europeus e que engloba mais de uma centena de investigadores de 30 países. Tem sido convidada a dar palestras ns universidades de Harvard, Yale, Brown, Madrid e Viena, entre outras. Mantém uma presença ativa como disseminadora musical na Fundação Calouste Gulbenkian e no Teatro Nacional de São Carlos. As suas publicações incluem o livro Vamos Correr Riscos: Textos Escolhidos de Madalena de Azeredo Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian e Edições-Tinta-da-China, 2023), co- editado com Rui Vieira Nery, e artigos em revistas científicas especializadas, sendo exemplos Imaginary Soundscapes: The Sounds of Portuguese Music as Captured by German Travellers at the End of the Ancien Régime (Brepols, 2024) e Proximidades: Compositores Portugueses e o III Reich (Iberoromania, 2019).
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Raúl da Costa
Pianista premiado em diversos concursos nacionais e internacionais, é desde muito novo presença recorrente nas salas mais emblemáticas do país, salientando-se, ainda, o sucesso obtido em diversos festivais internacionais de música, em salas como Konzerthaus Berlin, Palau de La Musica Catalana, Lockenhaus Festival, Radio France, entre muitos outros palcos por toda a Europa, Estados Unidos da América e Ásia. Nasceu na Póvoa de Varzim em 1993. Residiu na Alemanha por diversos anos, onde estudou com os famosos Professores Karl-Heinz Kämmerling e Prof. Bernd Goetzke, terminando posteriormente a sua pós-graduação com o Prof. Kirill Gerstein na Hochschule für Musik Hanns Eisler Berlin. Teve, também, oportunidade de trabalhar com Daniel Barenboim, Dmitri Bashkirov, Ferenc Rados, Boris Berezovsky e Maria João Pires. Foi bolseiro da Yamaha Musical Foundation of Europe, da Yehudi Menuhin Live Music Now, Foundation e da Fundação Calouste Gulbenkian. Apesar da sua jovem idade, fez a estreia absoluta de obras de compositores como Luiz Costa, Fernando Lopes-Graça, Eduardo Patriarca, Valentin Silvestrov, Francisco Coll, tendo também trabalhado com os compositores Thomas Adès e Brad Mehldau. Aos 12 anos de idade fez a sua estreia com orquestra na Casa da Música, e desde então tem colaborado com renomados maestros e orquestras por toda a Europa, Rússia e do Médio Oriente. Música de câmara tem também um especial lugar na sua actividade, em especial as colaborações com Anja Lechner, Daniel Hope, Albrecht Mayer, Michael Barenboim, Sergei Nakariako. As suas gravações ao vivo podem também ser encontradas em diversas rádios, como NDR, SWR e Deutschlandfunk na Alemanha, Radio France e Rádio Antena 2, assim como nas plataformas da Deutsche Grammophon. Raúl da Costa assumiu, em 2018, o cargo de Diretor Artístico do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim.
Camerata Atlântica
Fundada em 2013 pela violinista Ana Beatriz Manzanilla, a Camerata Atlântica é um agrupamento de cordas versátil e de excelência com 11 músicos como núcleo base. Destaca-se como uma das formações mais activas de Portugal, atuando em salas como o CCB, Gulbenkian e Teatro São Carlos, além de cidades espanholas como Madrid e Vigo. Promove a música portuguesa com estreias de obras de compositores nacionais e gravações pela Naxos, como o CD Bows Up! e a primeira gravação mundial das Duas Melodias de Luíz de Freitas Branco. Atua também na formação de jovens músicos com masterclasses e criou, em 2015, o Concurso Nacional de Cordas Vasco Barbosa. Em 2023, celebrou 10 anos com uma digressão nacional e um laboratório de jovens compositores.