CONCERTO SINFÓNICO
GUIA DE AUDIÇÃO: SALA DO FOYER, 19H
CONCERTO: Grande Auditório Fundação Calouste Gulbenkian, 20h
2 de outubro
bilhetes
compositoras
Andreia Pinto Correia
Dora Pejačević
-
INTERPRETAÇÃO: Orquestra Gulbenkian, Tianyi Lu (maestra), Jay Campbell (violoncelo)
Programa
Andreia Pinto Correia (n. 1971)
Reverdecer, concerto para violoncelo e orquestraDora Pejačević (1885–1923)
Sinfonia em Fá sustenido menor, op. 41*Antes do concerto, será apresentado um guia de audição, pela musicóloga e curadora do programa, Inês Thomas Almeida, na Sala do Foyer, às 19h, com entrada livre. O concerto tem início às 20h, no Grande Auditório.
-
Orquestra Gulbenkian
Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente que foi progressivamente alargado, contando hoje com cerca de sessenta instrumentistas, que pode ser expandido de acordo com as exigências de cada programa. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório, do Barroco até à música contemporânea. Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório, em Lisboa, onde colabora com os maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Actua também com regularidade noutros palcos nacionais, cumprindo uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando a sua actividade, tendo efectuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua actividade sido distinguida com diversos prémios internacionais de grande prestígio. O finlandês Hannu Lintu é o Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
Jay Campbell
O jovem violoncelista Jay Campbell explora um largo e diversificado universo musical. Tem sido reconhecido pela abordagem de repertório antigo e moderno, com a mesma curiosidade e comprometimento, tendo as suas atuações sido consideradas “eletrizantes” pelo New York Times e “delicadas, pungentes e profundamente comoventes” pelo Washington Post Único músico que recebeu duas bolsas de estudo Avery Fisher Career Grants, como solista (2016) e como membro do JACK Quartet (2019), estreou-se em concerto com a Filarmónica de Nova Iorque em 2013. Em 2016 trabalhou com Alan Gilbert nos concertos Ligeti Forward , integrados na New York Philharmonic Biennale no Metropolitan Museum of Art. In 2017 foi Artista Residente no Festival de Lucerna, onde estreou o concerto para violoncelo Das Ding Singt , de Luca Francesconi. Em 2018 apresentou-se com a Deutsches Symphonie-Orchester Berlin, na Berliner Philharmonie. Gravou concertos para violoncelo de George Perle e Marc-Andre Dalbavie, com a Sinfónica de Seattle. Em 2022 regressou à Filarmónica de Los Angeles para estrear dois concertos, de Wadada Leo Smith e Inti Figgis-Vizueta. Em 2023–2024 estreia o novo concerto Reverdecer, de Andreia Pinto Correia, com a Orquestra Gulbenkian, apresentando-se depois com a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, no Brasil.
-
Tianyi Lu
Tianyi Lu é Maestra Assistente da Sinfónica de Melbourne e Maestra Principal da St. Woolos Sinfonia (Reino Unido). Recentemente assistiu o maestro Gustavo Dudamel na Filarmónica de Los Angeles. Colaborou com a Hallé Orchestra, a Orquestra da Ópera de Dallas, a Filarmónica de Auckland, a Royal Welsh College of Music Symphony e a Bristol Metropolitan. Em 2016 foi selecionada para frequentar o Linda and Mitch Hart Institute for Women Conductors, sendo subsequentemente convidada para uma produção de La Traviata e para dirigir um concerto dedicado a Donizetti. Em junho de 2018 participou na masterclass de Daniele Gatti com a Orquestra do real Concertgebouw de Amesterdão. Ao longo da sua formação, Tianyi Lu recebeu preciosos conselhos de maestros como Andrew Davis, Carlo Rizzi, Susanna Mälkki, Matthias Pintscher, Simone Young, Carlo Montanaro, Bernard Haitink (Festival de Lucerna), Mark Elder (Hallé Orchestra), Thomas Søndergård e Xian Zhang (BBC National Orchestra of Wales). O seu repertório incluiu o período romântico tardio (Mahler, Bruckner, Strauss), compositores russos (Tchaikovsky, Rachmaninov, Prokofiev, Chostakovitch, Stravinsky), bem como as obras sinfónicas de Mozart, Beethoven e Brahms. Tem vindo a alargar a sua experiência no domínio da ópera, especialmente francesa e italiana. O seu ecletismo levou-a também a estudar composição de música eletrónica, bem como flauta barroca, viola da gamba e cravo.
Inês Thomas Almeida
Inês Thomas Almeida é musicóloga, doutorada em musicologia histórica e investigadora no Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Entre janeiro e maio de 2025, foi Professora Visitante FLAD/Saab na University of Massachusetts Lowell, nos Estados Unidos. A sua investigação centra-se na música do século XVIII, relatos de viagem, mulheres na música, romanceiro antigo e redes culturais transnacionais. Actualmente, trabalha no seu projecto de investigação FEMUS 18 – Female Music Practice in 18th-Century Portugal, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia para 2024–2030. É criadora e docente do curso Mulheres Compositoras: História da Composição no Feminino desde a Idade Média até ao Século XXI , que lecciona desde 2021 em vários formatos na NOVA FCSH, e professora convidada no Doutoramento em Estudos de Género da NOVA FCSH /ISCSP-UL/NOVA School of Law. É Co-Coordenadora da Linha Temática de Investigação de Estudos de Mulheres, Género e Sexualidade (INET-md) e Coordenadora de Comunicação Científica da Ação COST Print Culture and Public Spheres in Central Europe (1500–1800), financiada por fundos europeus e que engloba mais de uma centena de investigadores de 30 países. Tem sido convidada a dar palestras ns universidades de Harvard, Yale, Brown, Madrid e Viena, entre outras. Mantém uma presença ativa como disseminadora musical na Fundação Calouste Gulbenkian e no Teatro Nacional de São Carlos. As suas publicações incluem o livro Vamos Correr Riscos: Textos Escolhidos de Madalena de Azeredo Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian e Edições-Tinta-da-China, 2023), co- editado com Rui Vieira Nery, e artigos em revistas científicas especializadas, sendo exemplos Imaginary Soundscapes: The Sounds of Portuguese Music as Captured by German Travellers at the End of the Ancien Régime (Brepols, 2024) e Proximidades: Compositores Portugueses e o III Reich (Iberoromania, 2019).